ATOSinsensATOS
baixaria de alto nível...
sábado, janeiro 10, 2009
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
Revengetion
Viveram juntos por dois anos, até que a incompatibilidade total de gênios fez com que ela o botasse para fora de casa.
Ele só usava preto e certa vez fez uma mandinga com alguns amigos da banda para que a mesma estivesse no top ten da parada black. Após o quê, passaram 10 anos com a mesma demo tape com três músicas e consideraram que o fracasso se tenha dado em função de terem ofertado em sacrifício, ao invés de uma galinha preta, um galo d'angola criado com quirera vitaminada pelo pai do baterista. Ela, por sua vez, adorava samambaias.
Expulso e inconformado, ele usou de todas as armas baixas de que dispunha: emprestou a alguém que tinha o péssimo costume de se apossar dos bens alheios o Monthy Python preferido dela, desgravou suas fitas do Tom Waits e do Yes, quebrou seu cachepô de madeira, suas presilhinhas coloridas e levou embora seus cds de jazz deixando, num requinte de maldade, apenas as caixinhas. Não bastasse tudo isso, ainda deu um sumiço em seu vestido indiano de mangas compridas que tinha custado horrores, mesmo após ela pechinchar muito com a dona da barraquinha.
Mas a merda só agarrou mesmo, de fato, no dia em que ela chegou em casa e descobriu que ele havia levado embora Nicodemos, o gato preto do casal.
Inflou-se de ira, mudou de roupa e saiu, decidida a se vingar.
....
Sábado à tarde, Rua 24 de Maio, Galeria do Rock. Centenas de camisetas pretas circulam pelos corredores escuros e de aparência ensebada em meio a pictures raros, spikes, tênis brancos, tatuagens e calças justas.
A mocinha, pisando duro de determinação, vislumbra ao longe um cabelo étnico penteado para o lado. Dirige-se a ele que, ao vê-la, sopra-lhe na cara uma fétida baforada de Gudam Garam, chamando-a, entre risos cínicos, de "freak do caralho".
Ela odeia cigarros de cravo....
Contorna o andar e fica bem em frente a ele, posicionando-se 5 degraus acima do nível do chão na escada de alvenaria atrapalhando, desta maneira, a movimentação dos transeuntes já que a escada rolante só sobe.
Posicionada, pede ao rapaz que tenta passar por ela com uma bela camiseta do Summoning que dê um assobio bem alto, por favor. Sem entender nada e querendo passar logo, ele põe os dedos da boca e dá um longo assobio, ao que ela, dedo em riste, aponta para a frente, chamando:
- Miojo!
Miojo e seus amigos riem. Morbidus, o mais ignorante e violento deles chega a dar-lhe um tapinha amigável nas costas. Esse Miojo era mesmo um conquistador...
Ela continua:
- Vocês conhecem aquele cara? O nome dele é Miojo.
Dedo ainda em riste, faz um breve silêncio enquanto desce dois degraus lentamente, a fim de criar um certo suspense:
- Vocês conhecem o Miojo? Pois eu COMI o cu do Miojo.
Ao que termina a sua chocante declaração, há uma histeria coletiva na Galeria, centenas de cabeças penduradas nos corrimões vaiam e gritam enlouquecidas.
Sem se intimidar, ela termina de descer e continua:
- E sabem o que é melhor? Ele GOZOU com o dedo no cu!!!
O rapaz no bar ao lado com cabelos de Robert Plant engasga com a cerveja quente e tem uma crise de riso. Morbidus cospe no coturno super lustrado de Miojo e apalpa seu soco inglês no bolso. Um protótipo de Marilyn Manson pensa com suas lentes brancas: "Dedos, ele gosta de dedos. Hum, só nas mãos eu tenho dez...". O segurança franzino olha para um lado e para outro, certificando-se de que não há nenhum skin head por perto, praguejando: "Puta que o pariu, bem no meu turno."
Miojo toma muitas dedadas e tapas na cabeça que terminam por despentear todo o seu cabelo.
Ela, em êxtase dervixe, aponta os dois dedos para cima e começa a rodar carvavalescamente, cantando:
GO-ZOU NO MEU DE-DI-NHO
GO-ZOU NO MEU DE-DI-NHO
Tinha ritmo, a mocinha.
quarta-feira, dezembro 28, 2005
Seres Escrotos
Era uma senhora extremamente recatada e guardiã dos bons princípios e da moral. Ao menos era assim que pretendia se mostrar aos da vizinhança e do seu convívio em geral.
Em nome do que julgava correto era capaz dos mais disparatados extremos, como por exemplo, escrever uma carta anônima questionando a integridade de uma vizinha por tê-la visto com o padre tomando cerveja na barraquinha do churrasco com vinagrete durante a quermesse de Nossa Senhora Francisca de Coitadela. Ou ainda trancar o fila de 1 m no lavabo a fim de que o mesmo não tomasse os chuviscos que porventura o vento poderia soprar através da varanda onde ele dormia.
Não saía de casa após as 20h30, a menos que fosse para ir a algum culto ecumênico, às aulas de mandarim ou para vigiar alguém.
O que ninguém sabia era que, quando mais moça, fornicava com a filha do vendedor de grama, vendia lança-perfume em vidros de antibiótico e guardava sob a penteadeira do quarto um legítimo Capa Preta de São Cipriano, de cujos encantamentos se serviu várias vezes, inclusive uma em que, rejeitada por seus dotes físicos e intelectuais, fez ficar careca o dono da botica.
Sua vida de maldades só teve fim quando, após uma tentativa frustrada de bolinação por cima da batina, foi acusada de assédio sexual pelo padre da paróquia que era gay e considerava como inaceitável este tipo de intimidades com as beatas de sua comunidade.
Em nome do que julgava correto era capaz dos mais disparatados extremos, como por exemplo, escrever uma carta anônima questionando a integridade de uma vizinha por tê-la visto com o padre tomando cerveja na barraquinha do churrasco com vinagrete durante a quermesse de Nossa Senhora Francisca de Coitadela. Ou ainda trancar o fila de 1 m no lavabo a fim de que o mesmo não tomasse os chuviscos que porventura o vento poderia soprar através da varanda onde ele dormia.
Não saía de casa após as 20h30, a menos que fosse para ir a algum culto ecumênico, às aulas de mandarim ou para vigiar alguém.
O que ninguém sabia era que, quando mais moça, fornicava com a filha do vendedor de grama, vendia lança-perfume em vidros de antibiótico e guardava sob a penteadeira do quarto um legítimo Capa Preta de São Cipriano, de cujos encantamentos se serviu várias vezes, inclusive uma em que, rejeitada por seus dotes físicos e intelectuais, fez ficar careca o dono da botica.
Sua vida de maldades só teve fim quando, após uma tentativa frustrada de bolinação por cima da batina, foi acusada de assédio sexual pelo padre da paróquia que era gay e considerava como inaceitável este tipo de intimidades com as beatas de sua comunidade.
Seres sem Noção
Era o que, carinhosamente, chamaremos aqui de “uma pessoa fraca de feição”.
Viúva há alguns anos e com um fogo completamente fora de contexto para suas limitações etárias e hormonais, viu-se seguida dia após dia, durante uma semana, por um cinqüentão num Maverick vermelho molho de tomate aguado da Quero.
Na primeira segunda-feira subseqüente, rebolando em sua calça mais justa a grande raba que portava, não se agüentou mais e aceitou a carona até a sua casa, posto que contou depois, extasiada, às colegas de trabalho:
- De fora do carro eu vi que ele estava com a pemba dura que mais parecia uma batata doce. Quando chegou no apartamento não falou nada, já foi tirando a roupa e foi direto pro banheiro tomar banho. Eu, como gosto de homem limpinho, achei muito bom e me limpei com uma toalhinha no tanque mesmo. Ainda bem que eu tinha feito escova dois dias antes porque ele me catou pelos cabelos e me chupou todinha. Mas com todo o respeito.
Viúva há alguns anos e com um fogo completamente fora de contexto para suas limitações etárias e hormonais, viu-se seguida dia após dia, durante uma semana, por um cinqüentão num Maverick vermelho molho de tomate aguado da Quero.
Na primeira segunda-feira subseqüente, rebolando em sua calça mais justa a grande raba que portava, não se agüentou mais e aceitou a carona até a sua casa, posto que contou depois, extasiada, às colegas de trabalho:
- De fora do carro eu vi que ele estava com a pemba dura que mais parecia uma batata doce. Quando chegou no apartamento não falou nada, já foi tirando a roupa e foi direto pro banheiro tomar banho. Eu, como gosto de homem limpinho, achei muito bom e me limpei com uma toalhinha no tanque mesmo. Ainda bem que eu tinha feito escova dois dias antes porque ele me catou pelos cabelos e me chupou todinha. Mas com todo o respeito.
sábado, dezembro 24, 2005
Harry Potter e o Fumo Sagrado
Era uma vez uma menina. Era muito amiga de duas amigas.Eram, portanto, três amigas. Mas essa menina-amiga em destaque cortou-lhes o coração quando começou a namorar um menino que atendia pelo nome de Harry Potter Salvador.
Esse menino apareceu como que por magia, fato que lhes pareceu óbvio mais tarde, e por bruxaria (única explicação plausível) roubou o coração da amiga-menina. Era um rapaz de figura antipática e de intelecto bestial. Às vezes tentava agradá-las com soquinhos em suas barrigas, tapinhas em suas costas, ou comentários vazios a respeito do nada. Fato que as deixava mais esgotadas e desesperançadas com relação à amiga, esta durante todo o tempo era vista sorrindo e babando enquanto olhava para seu infante namorado.
Em uma bela e azulada tarde, Harry Potter e sua magia negra bateram à casa de Amiga II, a qual desavisada abriu a porta sorrindo e em seguida engasgando com seu próprio arrependimento, pensou “Essa minha maldita mania de abrir portas em tardes ensolaradas”.
- Oi, eu trouxe maconha, vamos fumar?-Disse cerrando os olhos com tanta malícia de usuário que lembrou um pato beirando a morte.
Amiga II suspirou com desgosto, baixou os olhos e deixou o menino entrar, devia ser mais uma de suas tentativas de aproximação e aceitação ao círculo social da namorada. Harry Potter não perdeu tempo, mal entrou na sala e já colocou na mesa de marfim e puro gesso da Flórida, um engodo de fumo ensacado com má vontade e plástico preto, abriu e mostrou à Amiga II como se fosse uma espécie de cálice sagrado que conseguira durante uma guerra qualquer hollywoodiana. Juntou aquele cafofo nas mãos e disse com trejeitos de um suíno refinado:
- Cheire!
Amiga II, sem muita opção, cheirou o fumo e antes que pudesse dar seu duro e seco veredicto ouviu desfiar da maldita boca de Harry, palavras em tom de prepotência e sapiência suprema:
- Isso aqui, querida, é maconha da pura, curtida no mel das abelhas abençoadas pelas freiras descalças e carmelitas do cume do morro do convento ao leste de Roma.- E por pura magia, sem retomar fôlego prosseguiu.- Aromatizada pelas rosas jamaicanas pisadas pelos pés de Bob Marley, durante uma dançadinha dominical.
- Cala boca, menino! Isso aqui é fumo de corda!- Vociferou a Amiga II, enquanto segurava com o braço esquerdo o direito para não tacar aquele moquifo no rosto do Enunciado Harry Potter Salvador.
Harry Potter ofendidíssimo e com sua auto-estima arrastando nos pés, sacou do bolso seu cajado mágico e antes que os olhos matreiros da Amiga II pudessem alcançar tal movimento, ele transformou o fumo de corda em maconha preta.Sorriu satisfeito à menina que com desleixo deu de ombros, foi até a cozinha, voltou com um jarro de creolina e disse sem ânimo:
- Tá, transforme isso em vinho tinto francês... E fume essa macumba lá fora.
Foi esse fato dado como o Primeiro Milagre Miraculoso e Mirabolante do Maconheirinho Harry Potter Messias. Todos que souberam disseram oh.
Esse menino apareceu como que por magia, fato que lhes pareceu óbvio mais tarde, e por bruxaria (única explicação plausível) roubou o coração da amiga-menina. Era um rapaz de figura antipática e de intelecto bestial. Às vezes tentava agradá-las com soquinhos em suas barrigas, tapinhas em suas costas, ou comentários vazios a respeito do nada. Fato que as deixava mais esgotadas e desesperançadas com relação à amiga, esta durante todo o tempo era vista sorrindo e babando enquanto olhava para seu infante namorado.
Em uma bela e azulada tarde, Harry Potter e sua magia negra bateram à casa de Amiga II, a qual desavisada abriu a porta sorrindo e em seguida engasgando com seu próprio arrependimento, pensou “Essa minha maldita mania de abrir portas em tardes ensolaradas”.
- Oi, eu trouxe maconha, vamos fumar?-Disse cerrando os olhos com tanta malícia de usuário que lembrou um pato beirando a morte.
Amiga II suspirou com desgosto, baixou os olhos e deixou o menino entrar, devia ser mais uma de suas tentativas de aproximação e aceitação ao círculo social da namorada. Harry Potter não perdeu tempo, mal entrou na sala e já colocou na mesa de marfim e puro gesso da Flórida, um engodo de fumo ensacado com má vontade e plástico preto, abriu e mostrou à Amiga II como se fosse uma espécie de cálice sagrado que conseguira durante uma guerra qualquer hollywoodiana. Juntou aquele cafofo nas mãos e disse com trejeitos de um suíno refinado:
- Cheire!
Amiga II, sem muita opção, cheirou o fumo e antes que pudesse dar seu duro e seco veredicto ouviu desfiar da maldita boca de Harry, palavras em tom de prepotência e sapiência suprema:
- Isso aqui, querida, é maconha da pura, curtida no mel das abelhas abençoadas pelas freiras descalças e carmelitas do cume do morro do convento ao leste de Roma.- E por pura magia, sem retomar fôlego prosseguiu.- Aromatizada pelas rosas jamaicanas pisadas pelos pés de Bob Marley, durante uma dançadinha dominical.
- Cala boca, menino! Isso aqui é fumo de corda!- Vociferou a Amiga II, enquanto segurava com o braço esquerdo o direito para não tacar aquele moquifo no rosto do Enunciado Harry Potter Salvador.
Harry Potter ofendidíssimo e com sua auto-estima arrastando nos pés, sacou do bolso seu cajado mágico e antes que os olhos matreiros da Amiga II pudessem alcançar tal movimento, ele transformou o fumo de corda em maconha preta.Sorriu satisfeito à menina que com desleixo deu de ombros, foi até a cozinha, voltou com um jarro de creolina e disse sem ânimo:
- Tá, transforme isso em vinho tinto francês... E fume essa macumba lá fora.
Foi esse fato dado como o Primeiro Milagre Miraculoso e Mirabolante do Maconheirinho Harry Potter Messias. Todos que souberam disseram oh.
quinta-feira, dezembro 08, 2005
Nojo é jogar a mãe pra cima, Estocolmo!
Estocolmo é um garoto comunicativo, gosta de gatos e prefere as músicas do lado B. Foi então, numa daquelas reuniões de amigos intelectualmente interessantes que Estocolmo contou em tom de escárnio malevolente:
- A Vilma... oh, uma menina tão bonita, inteligente, gosta de cigarros de filtro branco e limpa seus óculos só com desengordurante, vejam só, amigos, fez, vergonhosamente xixi na rua, outro dia. Voltávamos de uma festa de música alternativa, onde ela bebericou álcool com muita vontade, no meio do caminho sua bexiga apertou e sem escrúpulos abaixou-se onde estava (uma calçada!) e fez ali mesmo- Nesse instante, Estocolmo fez aquela cara de asco que lhe é comum em momentos de aperto- Pasmei... não imaginei que seria capaz de tal ato repugnante e civicamente negativo.
Oras, venhamos e convenhamos nesse seu preconceito descabido, Estocolmo, não se esqueça que quando a bexiga aperta, a vergonha afrouxa! Também eu, sua amiga e que compartilho de suas rodas de conversas entusiasmadas, lúdicas e inteligentíssimas fiz, faço e farei xixi na rua quando necessário! E no mais imaginaste que só aos homens foi dado o dom da urina pública? Pasmaceira!
- A Vilma... oh, uma menina tão bonita, inteligente, gosta de cigarros de filtro branco e limpa seus óculos só com desengordurante, vejam só, amigos, fez, vergonhosamente xixi na rua, outro dia. Voltávamos de uma festa de música alternativa, onde ela bebericou álcool com muita vontade, no meio do caminho sua bexiga apertou e sem escrúpulos abaixou-se onde estava (uma calçada!) e fez ali mesmo- Nesse instante, Estocolmo fez aquela cara de asco que lhe é comum em momentos de aperto- Pasmei... não imaginei que seria capaz de tal ato repugnante e civicamente negativo.
Oras, venhamos e convenhamos nesse seu preconceito descabido, Estocolmo, não se esqueça que quando a bexiga aperta, a vergonha afrouxa! Também eu, sua amiga e que compartilho de suas rodas de conversas entusiasmadas, lúdicas e inteligentíssimas fiz, faço e farei xixi na rua quando necessário! E no mais imaginaste que só aos homens foi dado o dom da urina pública? Pasmaceira!
terça-feira, dezembro 06, 2005
Com o intuito de estimular a capacidade criativa, noções de ciência e desenvolvimento sadio da curiosidade, a Casa da Caralha inicia, com a postagem deste, a campanha "doe um termômetro a uma criança".
Sendo uma campanha de âmbito nacional, nossa empreitada visa, através do lúdico, estimular a capacidade destrutivo-criadora-abstracionista de nossas crianças.
A Casa da Caralha Produções Inc., julga ser imprescindível para um desenvolvimento cognitivo saudável de nossos rebentos, a prática regular da quebra dos medidores de temperatura. A julgar por esta premissa, estaremos enviando juntamente com as assinaturas de apoio e desejos de bons auspícios, uma petição aos senhores ministros da Educação e da Cultura, petição esta cujo princípio básico seja o de ofertar aos estudantes do primeiro ciclo no ensino fundamental, juntamente aos livros didáticos, termômetros que serão arremessados ao chão e formarão maravilhas aglomerativas e brilhantes, pequenos sonhos na forma de mercúrio que se dissiparão e se conglomerarão novamente num ciclo infindo (ou até que algum adulto o dissipe), estimulando, desta forma, a capacidade inominável de "ver a beleza onde aparentemente não há nada". Ou "apenas caos". Ou de "sorrir à-toa quando as ruínas se acumulam ao seu redor". Ou mesmo de "brincar com o que parece sério mas é, no fundo, no fundo, apenas a beleza imperceptível e indiscutivelmente simples da vida".
Sendo uma campanha de âmbito nacional, nossa empreitada visa, através do lúdico, estimular a capacidade destrutivo-criadora-abstracionista de nossas crianças.
A Casa da Caralha Produções Inc., julga ser imprescindível para um desenvolvimento cognitivo saudável de nossos rebentos, a prática regular da quebra dos medidores de temperatura. A julgar por esta premissa, estaremos enviando juntamente com as assinaturas de apoio e desejos de bons auspícios, uma petição aos senhores ministros da Educação e da Cultura, petição esta cujo princípio básico seja o de ofertar aos estudantes do primeiro ciclo no ensino fundamental, juntamente aos livros didáticos, termômetros que serão arremessados ao chão e formarão maravilhas aglomerativas e brilhantes, pequenos sonhos na forma de mercúrio que se dissiparão e se conglomerarão novamente num ciclo infindo (ou até que algum adulto o dissipe), estimulando, desta forma, a capacidade inominável de "ver a beleza onde aparentemente não há nada". Ou "apenas caos". Ou de "sorrir à-toa quando as ruínas se acumulam ao seu redor". Ou mesmo de "brincar com o que parece sério mas é, no fundo, no fundo, apenas a beleza imperceptível e indiscutivelmente simples da vida".
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Jardim de couve-flor
A moça bem vestida, bonita e aparentemente normal entra no bar... Pára defronte o balcão e fixa-se no atendente, que responde com um olhar atencioso e alegre, sorri e diz suas vinte e nove últimas palavras do dia, que foram: “Acho que te conheço, não me lembro bem... Ah! Quanto tempo não nos vemos, uns 10 anos?! Desde a segunda quinzena quente de fevereiro de 1995?” – A moça atravessa o bar atrevidamente decidida, sobe no palco de alvenaria, arranca com dedos longos o microfone do cantor que balbucia um Smiths e olhando para o pasmado balconista diz:
- Seu filho da puta! - nesse momento ela levanta a saia e mostra seu bizarro órgão genital que mantém movimentos involuntários e lesos.- Está vendo isso aqui, seu cuzão? Isso aqui não é uma couve-flor escurecida, não! Isso aqui é minha vagina! Minha vagina! Minha vagina!
O Rapazote do balcão engasga, sendo caucasiano, por descrição própria orkutiana, fica tão vermelho que para os clientes próximos causa um misto de pena e vontade incontrolável de bater-lhe nas orelhas. O dono do recinto olha para a nobre e dorida mocinha com pena e vontade de arrancar-lhe as entranhas e para o funcionário carmesim com tanto ódio que só pensa em estragar seu novo frasco de perfume enfiando-lhe no seu canto oco.
A moça ajeita a saia, subindo-lhe um pouco mais até quase alcançar a cintura, puxa o cabo do microfone e o segura como um grande cantor de pop-rock e grita mais essas, só que dirigindo suas palavras aos freqüentadores entusiastas do local:
- Quando esse vagabundo, filho de uma rampeira, me abandonou, há 10 anos atrás, eu caí na bebedeira, enfiei meu rabo nas drogas e dei, pra afastar minha tristeza, a todos os homens dessa Província convidativa... Eu dava com gosto... a cada transa sensual uma lágrima caía, oferecida a esse cachorro covarde- Virando-se abruptamente ao balconista semi-enfartado continua- E hoje me diz com essa voz rouca e gostosinha “Acho que te conheço, não me lembro bem... Ah! Quanto tempo não nos vemos, uns 10 anos?”- Remedou com desdém o Pobre Enfartado.- Vai tomar no teu cu! No teu, no teu... Porque o meu já tomou por 10 anos, Vadio Lazarento!
Nesse tenso instante, atravessando os morenos que ritmados batiam palmas no salão, adentram três homens de branco, agarram as mãos da moça que aparentava um pouco de desequilíbrio, talvez pela emoção do reencontro, pedem com olhar de charminho ao músico que continue a tocar Smiths e a arrastam para fora da lanchonete-bar. Depois de oito dias chega aos freqüentadores a notícia de que a mocinha passava bem, estava numa clínica de recuperação para moças e mulheres solteiras ou casadas, menos viúvas, com hortaliças brotantes entre seus membros.
Sabe-se com certeza de uma fonte segura que o rapaz caucasiano tentou visitá-la, sendo impedido de entrar por denunciar-se vegetariano e apreciador de couve-flor e seus derivados.
- Seu filho da puta! - nesse momento ela levanta a saia e mostra seu bizarro órgão genital que mantém movimentos involuntários e lesos.- Está vendo isso aqui, seu cuzão? Isso aqui não é uma couve-flor escurecida, não! Isso aqui é minha vagina! Minha vagina! Minha vagina!
O Rapazote do balcão engasga, sendo caucasiano, por descrição própria orkutiana, fica tão vermelho que para os clientes próximos causa um misto de pena e vontade incontrolável de bater-lhe nas orelhas. O dono do recinto olha para a nobre e dorida mocinha com pena e vontade de arrancar-lhe as entranhas e para o funcionário carmesim com tanto ódio que só pensa em estragar seu novo frasco de perfume enfiando-lhe no seu canto oco.
A moça ajeita a saia, subindo-lhe um pouco mais até quase alcançar a cintura, puxa o cabo do microfone e o segura como um grande cantor de pop-rock e grita mais essas, só que dirigindo suas palavras aos freqüentadores entusiastas do local:
- Quando esse vagabundo, filho de uma rampeira, me abandonou, há 10 anos atrás, eu caí na bebedeira, enfiei meu rabo nas drogas e dei, pra afastar minha tristeza, a todos os homens dessa Província convidativa... Eu dava com gosto... a cada transa sensual uma lágrima caía, oferecida a esse cachorro covarde- Virando-se abruptamente ao balconista semi-enfartado continua- E hoje me diz com essa voz rouca e gostosinha “Acho que te conheço, não me lembro bem... Ah! Quanto tempo não nos vemos, uns 10 anos?”- Remedou com desdém o Pobre Enfartado.- Vai tomar no teu cu! No teu, no teu... Porque o meu já tomou por 10 anos, Vadio Lazarento!
Nesse tenso instante, atravessando os morenos que ritmados batiam palmas no salão, adentram três homens de branco, agarram as mãos da moça que aparentava um pouco de desequilíbrio, talvez pela emoção do reencontro, pedem com olhar de charminho ao músico que continue a tocar Smiths e a arrastam para fora da lanchonete-bar. Depois de oito dias chega aos freqüentadores a notícia de que a mocinha passava bem, estava numa clínica de recuperação para moças e mulheres solteiras ou casadas, menos viúvas, com hortaliças brotantes entre seus membros.
Sabe-se com certeza de uma fonte segura que o rapaz caucasiano tentou visitá-la, sendo impedido de entrar por denunciar-se vegetariano e apreciador de couve-flor e seus derivados.
quarta-feira, novembro 30, 2005
Arquivo Idiotas Anônimos no 5433
Tarde de segunda-feira, véspera de feriado, lanchonete. Aproxima-damente 28o C .
Chata A: Eu não tomo refrigerante.
Chata B: Por que não?
Chata A: Por que eu não agüento tomar um refrigerante inteirinho sozinha.
Chata B: Toma um suco.
Chata A (afetadíssima): Suco???? Você sabe quantas calorias tem num suco de laranja? Não tem nada pior pra uma pessoa que faz dieta do que tomar um suco de laranja.
Chata B: Eu vou tomar um Ice Tea.
Chata A: O que é que tem pra tomar aqui?
Chata B: Tem aquele suco ali de garrafinha. Custa só R$ 1,00.
Chata A: R$ 1,00 é o suco de laranja. Eu não posso tomar suco.
Chata B: Eu vou tomar um Ice Tea.
Chata A: O que é Ice Tea?
Chata B: Chá com frutas.
Chata A: Creeedoooo!!!!! Por que você não toma Coca-Cola?
Chata B: Eeeuuuu??? Não tomo refrigerante.
Chata A: Por que não?
Chata B: Porque tem gás. Toma um café com leite.
Chata A: Com esse calor? Por que você não divide um guaraná Antártica comigo?
Chata B: Por que tem que ser da Antártica?
Chata A: Sei lá. Por que é do Brasil.
Chata B: Fruta também é do Brasil...
Chata A: Eu não tomo suco.
Chata A chama o garçom:
Chata A: Tem guaraná Antártica?
Garçom: Tem.
Chata A: Sem gelo?
Garçom: Não, sem gelo eu só tenho Coca-Cola e Kuat.
Chata B: Por que tem que ser sem gelo?
Chata A: Porque deve estar muito gelado.
Chata B: Pede pro garçom passar na água pra quebrar o gelo.
Chata B pro garçom: Tem Ice Tea?
Garçom: Não. Mas temos Nestea.
Chata B: O que é Nestea?
Garçom: A mesma coisa que Ice Tea, só que é de outra marca...
Chata B: Não, obrigada. Só tomo Ice Tea.
Chata A: Não tem nada pra tomar aqui.
(enquanto ouvia tão produtiva conversa, esta que vos escreve nutria sonhos encantados de pegar Chata A, inicialmente, pelos cabelos e esfregar sua cara no balcão refrigerado dizendo: “Isso é uma lanchonete, tá vendo? Você só pode tomar refrigerante ou suco, ok? Existe uma longa lista de frutas pra se fazer um suco, você não é obrigada a só tomar suco de laranja, sabia? Agora, se não gostar de nenhum dos quatorze sabores disponíveis, tome ÁGUA, ou então uma cerveja ou então vá tomar...” Deixa quieto....)
Aqui o assunto muda, de repente, para algo muito mais aprazível, ousaria dizer até mais adequado para uma lanchonete:
Chata A: Será que aqui tem barata?
Chata B: Não sei. Aqui é de chinês?
(Nota da Redação: não há um só oriental num raio de 200 metros)
Chata A: Eu vi duas baratas numa pastelaria. Os chineses são muito porcos.
Chata B: Eles comem carne de rato.
Chata A: De rato?? Noossaaa!!
Chata B: De rato e de insetos. Eu vi na TV. Devem até comer barata, por isso que tem tantas nas pastelarias.
Não sendo mais possível uma convivência civilizada, pedi para que o garçom embrulhasse o X-frango-salada-bacon-catupiry-com maionese super temperada que comia com tanta delicia até então. Chata A e Chata B continuaram na mesa. Até quando de minha saída, não haviam tomado nada.
Chata A: Eu não tomo refrigerante.
Chata B: Por que não?
Chata A: Por que eu não agüento tomar um refrigerante inteirinho sozinha.
Chata B: Toma um suco.
Chata A (afetadíssima): Suco???? Você sabe quantas calorias tem num suco de laranja? Não tem nada pior pra uma pessoa que faz dieta do que tomar um suco de laranja.
Chata B: Eu vou tomar um Ice Tea.
Chata A: O que é que tem pra tomar aqui?
Chata B: Tem aquele suco ali de garrafinha. Custa só R$ 1,00.
Chata A: R$ 1,00 é o suco de laranja. Eu não posso tomar suco.
Chata B: Eu vou tomar um Ice Tea.
Chata A: O que é Ice Tea?
Chata B: Chá com frutas.
Chata A: Creeedoooo!!!!! Por que você não toma Coca-Cola?
Chata B: Eeeuuuu??? Não tomo refrigerante.
Chata A: Por que não?
Chata B: Porque tem gás. Toma um café com leite.
Chata A: Com esse calor? Por que você não divide um guaraná Antártica comigo?
Chata B: Por que tem que ser da Antártica?
Chata A: Sei lá. Por que é do Brasil.
Chata B: Fruta também é do Brasil...
Chata A: Eu não tomo suco.
Chata A chama o garçom:
Chata A: Tem guaraná Antártica?
Garçom: Tem.
Chata A: Sem gelo?
Garçom: Não, sem gelo eu só tenho Coca-Cola e Kuat.
Chata B: Por que tem que ser sem gelo?
Chata A: Porque deve estar muito gelado.
Chata B: Pede pro garçom passar na água pra quebrar o gelo.
Chata B pro garçom: Tem Ice Tea?
Garçom: Não. Mas temos Nestea.
Chata B: O que é Nestea?
Garçom: A mesma coisa que Ice Tea, só que é de outra marca...
Chata B: Não, obrigada. Só tomo Ice Tea.
Chata A: Não tem nada pra tomar aqui.
(enquanto ouvia tão produtiva conversa, esta que vos escreve nutria sonhos encantados de pegar Chata A, inicialmente, pelos cabelos e esfregar sua cara no balcão refrigerado dizendo: “Isso é uma lanchonete, tá vendo? Você só pode tomar refrigerante ou suco, ok? Existe uma longa lista de frutas pra se fazer um suco, você não é obrigada a só tomar suco de laranja, sabia? Agora, se não gostar de nenhum dos quatorze sabores disponíveis, tome ÁGUA, ou então uma cerveja ou então vá tomar...” Deixa quieto....)
Aqui o assunto muda, de repente, para algo muito mais aprazível, ousaria dizer até mais adequado para uma lanchonete:
Chata A: Será que aqui tem barata?
Chata B: Não sei. Aqui é de chinês?
(Nota da Redação: não há um só oriental num raio de 200 metros)
Chata A: Eu vi duas baratas numa pastelaria. Os chineses são muito porcos.
Chata B: Eles comem carne de rato.
Chata A: De rato?? Noossaaa!!
Chata B: De rato e de insetos. Eu vi na TV. Devem até comer barata, por isso que tem tantas nas pastelarias.
Não sendo mais possível uma convivência civilizada, pedi para que o garçom embrulhasse o X-frango-salada-bacon-catupiry-com maionese super temperada que comia com tanta delicia até então. Chata A e Chata B continuaram na mesa. Até quando de minha saída, não haviam tomado nada.
sexta-feira, outubro 21, 2005
Vida Divertida
Era tímida, extremamente tímida. Húngara, criada na parte rural da cidadezinha, se julgava diminuta e noz, trancada sob casca feia.
Um dia, uma amiga da aldeia a arrastou a um folguedo local, sob muito custo. Lá chegando, não sabia como esconder-se dos que lhe faziam a corte: ofertaram-lhe cevada, batatas e goiabas brancas, ao que percebeu que estava cansada de ser noz, queria agora era ser semente de cajú.
Mudou-se para um apartamento na cidade, onde fez uma plantação particular de couve-flor, comprou brincos e corpetes extravagantes e, junto a amiga, fundou o fanzine "As Putas do Estilo", no qual discorriam brilhantemente sobre o nada.
quinta-feira, outubro 20, 2005
Pauta do Dia
As redatoras resolvem ter uma banda.
Eis que em meio à cerveja e boa, mas quase incompreensível conversa, as duas redatoras dA Casa da Caralha resolvem ter uma banda. E é mais ou menos assim que acresce:
- Sabe, Redatora Amiga, devíamos seguir o conselho da Ana e montar uma banda.
Segue um sorriso inexpressivo da outra... um segundo mal pensando e a resposta:
- Mas não sabemos tocar nada.
- Mas temos tudo! Eu já toquei numa fanfarra.
(Cresce um olhar de esperança embriagada)
- É... e eu sou mulher de músico!
- Sabe, minha cara, eu pensei, não temos coordenação motora. Um problema. Eu pensei, não temos instrumentos. Dois problemas.
- Não, não temos dois problemas.
- Por que?
- Porque não sabemos tocar nada mesmo.
Alguns minutos mais de negociação e o impasse é resolvido, de uma forma óbvia e interessante, praticamente uma descoberta cultural e underground.
- Eu entro com o ritmo e você canta. (A dispersa e pueril redatora começa a fazer o ritmo oralmente)- Tãn tãn tãn, tátátá... tãn!
A outra prende toda sua atenção, em mostra de pura boa vontade e dedicação à musicalidade, e seguido 10 segundos de silêncio responde:
- Você dá o ritmo tão bem que eu nem sei que música é essa!
- Puxa, é The Verve, a música da sua vida!...
- Ah...
- Vamos pra França, onde existe um reconhecimento consistente ao artista.
- Sim, seremos um sucesso, seremos, quiçá, as Queridinhas da França, onde reconhecerão nosso potencial intelectual, musical e excêntrico. Sucesso aí vamos nós...
Eis que em meio à cerveja e boa, mas quase incompreensível conversa, as duas redatoras dA Casa da Caralha resolvem ter uma banda. E é mais ou menos assim que acresce:
- Sabe, Redatora Amiga, devíamos seguir o conselho da Ana e montar uma banda.
Segue um sorriso inexpressivo da outra... um segundo mal pensando e a resposta:
- Mas não sabemos tocar nada.
- Mas temos tudo! Eu já toquei numa fanfarra.
(Cresce um olhar de esperança embriagada)
- É... e eu sou mulher de músico!
- Sabe, minha cara, eu pensei, não temos coordenação motora. Um problema. Eu pensei, não temos instrumentos. Dois problemas.
- Não, não temos dois problemas.
- Por que?
- Porque não sabemos tocar nada mesmo.
Alguns minutos mais de negociação e o impasse é resolvido, de uma forma óbvia e interessante, praticamente uma descoberta cultural e underground.
- Eu entro com o ritmo e você canta. (A dispersa e pueril redatora começa a fazer o ritmo oralmente)- Tãn tãn tãn, tátátá... tãn!
A outra prende toda sua atenção, em mostra de pura boa vontade e dedicação à musicalidade, e seguido 10 segundos de silêncio responde:
- Você dá o ritmo tão bem que eu nem sei que música é essa!
- Puxa, é The Verve, a música da sua vida!...
- Ah...
- Vamos pra França, onde existe um reconhecimento consistente ao artista.
- Sim, seremos um sucesso, seremos, quiçá, as Queridinhas da França, onde reconhecerão nosso potencial intelectual, musical e excêntrico. Sucesso aí vamos nós...
quarta-feira, outubro 05, 2005
Concurso Cultural
Concurso Cultural Participem do novo e empolgante Concurso Cultural da Casa da Caralha. Responda: "onde fica a Casa da Caralha?" e concorra a um almanaque riquissimamente ilustrado com espécimes de repolho, seu cultivo, cultura e receitas extremamente saborosas. O prêmio será entregue durante as festividades do Flatulomatsuri, folguedo a ser realizado durante o mês de novembro, ocasião na qual o vencedor poderá saborear charutinhos, chucrute e vivenciar a inigualável experiência da "Prova de Ares". Tudo isso sob o patrocínio da minha, da sua, da nossa Casa da Caralha. Participem. |
quinta-feira, setembro 29, 2005
Guia do Neurótico Normal – Parte I
Índice parcial
Cap. 1 – Como saber se você está doente ou não, entediado ou perturbado
Cap. 2 – Conhecimentos úteis e conhecimentos não úteis
Cap. 9 – Hábitos desagradáveis, ou cinco maneiras diferentes de nos prejudicarmos
Cap. 10 – Coma – beba – e seja sexy
Cap. 13 – Como ser rico – por dentro
No decorrer do período, trataremos de diferentes tópicos de tão pertinente obra do Dr. Allan Fromme (sim, o livro existe: Guia do neurótico normal / Allan Fromme – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980)
Cap. 1 – Como saber se você está doente ou não, entediado ou perturbado
Cap. 2 – Conhecimentos úteis e conhecimentos não úteis
Cap. 9 – Hábitos desagradáveis, ou cinco maneiras diferentes de nos prejudicarmos
Cap. 10 – Coma – beba – e seja sexy
Cap. 13 – Como ser rico – por dentro
No decorrer do período, trataremos de diferentes tópicos de tão pertinente obra do Dr. Allan Fromme (sim, o livro existe: Guia do neurótico normal / Allan Fromme – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980)
quarta-feira, setembro 28, 2005
Dos Seres Sem Noção
Sim, Chanty Lee era um desses, aziago e desenxabido ser.
Perdido, numa noite escura, Chanty Lee observa Dona Valéria, vizinha do estabelecimento o qual costumava visitar (a contragosto dos freqüentadores todos) enquanto a mesma tentava fazer com que seu Fiat 147 pegasse. Após se recusar a empurrar o veiculo pelas quatro vezes que se fizeram necessárias, Chanty Lee, que só a conhecia de vista e era bastante malquisto pela mesma (segundo revelações dos locais), se apodera do controle da situação e ordena:
- Vocês não vão porque não cabem.
- Você, que ia comigo e não vai mais porque eu vou de carro, vai com elas (que não cabem no carro)
- E você, Sr. Valério, pule para o banco de trás.
Agora só falta Chanty Lee ir dar um beijo no João...
Perdido, numa noite escura, Chanty Lee observa Dona Valéria, vizinha do estabelecimento o qual costumava visitar (a contragosto dos freqüentadores todos) enquanto a mesma tentava fazer com que seu Fiat 147 pegasse. Após se recusar a empurrar o veiculo pelas quatro vezes que se fizeram necessárias, Chanty Lee, que só a conhecia de vista e era bastante malquisto pela mesma (segundo revelações dos locais), se apodera do controle da situação e ordena:
- Vocês não vão porque não cabem.
- Você, que ia comigo e não vai mais porque eu vou de carro, vai com elas (que não cabem no carro)
- E você, Sr. Valério, pule para o banco de trás.
Agora só falta Chanty Lee ir dar um beijo no João...
terça-feira, setembro 27, 2005
Serviço de Utilidade Pública da Casa da Caralha
Quando tudo parecer perdido e parecer não haver qualquer saída, lembre-se: sempre pode nascer um furúnculo nos limites do elástico de suas calçolas.
segunda-feira, setembro 12, 2005
Coisas que atrapalham a vida divertida de um cronópio
Um cronópio felizinho saia de uma festa em que se excedera em termos de horários e festividades. Ao colocar seus pés gosmentos para fora, sentiu-se terrivelmente mortificado: o sol já havia nascido e é de conhecimento geral que, para estes seres, um dia só pode amanhecer depois que eles durmam e acordem. Além do mais, havia pássaros gorjeando e galos cantando, o que entristecia por demais o pobre cronópio já que estas eram provas irrevogáveis de que a noite havia acabado.
Estava terrificado pelos problemas. Se um dia havia começado sem que outro houvesse acabado, ele teria de ficar sem dormir até a noite seguinte além de ter perdido, para todo o sempre, um dia de sua vida, tendo de fazer, a partir de então, mudanças em seus relógios, calendários, agendas e na conta de seus anos.
Angustiadíssimo, o pobre foi ao Departamento Emergencial de Causas Sem Solução, ao que voltou para casa aos prantos: o Diretor Geral do departamento era uma esperança e essa como não sabia dançar trégua catala espera, julgou improcedente o pedido do coitadinho.
Angustiadíssimo, o pobre foi ao Departamento Emergencial de Causas Sem Solução, ao que voltou para casa aos prantos: o Diretor Geral do departamento era uma esperança e essa como não sabia dançar trégua catala espera, julgou improcedente o pedido do coitadinho.
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